Dica de viagem – Palácio de Versalhes

Parece um tanto clichê ser mais uma entre tantas milhões a dar uma dica que com toda a certeza é obvia. Mas é justamente por considerar este um passeio imperdível que faço questão de ser mais uma entre tantas. Tentarei ao máximo dar dicas precisas e de detalhes que não encontramos em qualquer guia, por isso espero fazer a diferença na pesquisa de quem deseja tanto visitar este lugar.

O castelo de Versailles é uma das atrações mais requisitadas em toda a França, é grandioso, já apareceu em inúmeros filmes, seriados, programas de TV e faz parte da história da humanidade Francesa e para quem quiser saber mais sobre, basta clicar no link contido neste parágrafo.

Site oficial do palácio: Château De Versailles
Endereço: Place d’Armes, 78000 Versailles – França
Horário de funcionamento: Das 9:00 da manhã as 6:30 da tarde. Não abre às segundas-feiras.
Preços: Escolha entre os bilhetes


Dica 1: Entre os dias que você estiver visitando Paris, escolha um deles para visitar Versailles e reserve o dia inteiro para fazer este passeio, não ache que conseguirá ver tudo em poucas horas.

Mesmo que esteja frio, visite-o! Eu só não incentivo a visita se estiver chovendo, (então fique de olho na previsão do tempo aqui).

Toda mocinha protegida do frio com o Cool Pavilion ao fundo.

Tome um café da manhã reforçado e leve um lanchinho pequeno com você ou então compre algo em alguma das cafeterias lá dentro, (veja onde estão localizadas neste mapa).

Se resolver comer por lá, se prepare pra pequena facada.

Dica 2: Compre seu ingresso com antecedência pelo site oficial do Château De Versailles. Ok, da para comprar na hora e no próprio palácio, mas as filas são muito maiores do que se você comprar com antecedência. Lógico, que não precisa ficar desesperado e comprar meses antes. Depois que já tiver com a viagem marcada, ou mesmo quando já estiver por Paris, compre com 1 ou 2 dias de antecedência e peça para o hotel imprimir os vouchers para você. E caso seu hotel não disponibilize este serviço, basta baixar o aplicativo do Château De Versailles no seu celular e apresentá-lo lá na hora de entrar. Com o aplicativo, você poderá visualizar seus ingressos, o mapa, os horários das atrações e ter acesso ao tour audioguide.

As filas são realmente enormes.

Eu sugiro que você compre o ingresso que inclui a admissão em toda a propriedade, ele custa 20 euros (preço visto em 2018) e se chama PASSPORT.

(Eu comprei o ingresso com antecedência, cheguei as 9h da manhã e mesmo assim peguei uma fila enorme que dava voltas e mais voltas, agora imagine se tivesse deixado para fazer tudo no próprio dia, talvez nem conseguido entrar eu teria).

Repito: Filas E-NOR-MES.

Dica 3: A segurança é rigorosa, eles vão te fazer passar por um detector de metais, vão vasculhar sua bolsa/mochila e vão confirmar seus dados se necessário, mas lembre-se que é isso que garante a nossa própria segurança, por isso não fique criando caso na fila e obedeça aos guardas.


Dica 4: Há mapas impressos e disponíveis em várias línguas, inclusive em português, então antes de entrar na fila, basta ir até o balcão de informações e solicitar por um com a atendente, (as salas ficam nas laterais da entrada do castelo). Não deixe de pegar o mapa, ele te guiará pelo imenso (eu “disse” I-MEN-SO), palácio, jardins e châteaus.


Dica 5: Espere por multidões, e eu não estou exagerando, mesmo em um dia com temperatura á 0 grau, este ponto turístico estará abarrotado de gente.

Disputando um lugarzinho entre as multidões para fazer uma foto dos aposentos do rei.

Visite os lugares mais famosos do palácio, como o Salão dos Espelhos, o Grande Apartamento do Rei e os apartamentos das filhas de Luís XV sempre primeiro e o mais cedo possível, (é de manhã que essas áreas estão menos lotadas).

Expectativa: Foto do site oficial
Realidade: É realmente lindo, mas passa longe de ser vazio.

Depois, siga as placas para o jardim, as lagoas, os parterres, a Orangerie e a Galeria de Treinadores no Great Stables.

O jardim principal a se perder de vista. Escolha sapatos confortáveis, pois a caminhada será longa.

Siga andando pelo jardim até a metade do lago lááááá no fundo da foto, vire à direita, ande e encontre o Grand Trianon e mais alguns jardins. (Pra mim, foi aqui que começou a parte mais legal do passeio e pasmem, não tinha nem um rastro daquela multidão de pessoas).

As colunas de mármore rosa do Grand Trianon, que se abrem para o pátio central de um lado e os jardins do outro.
Dentro do Grand Trianon, encontra-se o Quarto da Capela, com uma alcova ao fundo contendo um altar.
O Quarto da Imperatriz, que também foi o leito de morte de Luís XVIII, irmão de Luís XVI, em 1824.
Entre vários outros, destaque para o Quarto Familiar Louis-Philippe que era usado pelo rei e sua família para noites de lazer. Mesas de jogos e mesas de costura se juntavam nesse confortável salão mobiliado em estilo contemporâneo.

Ainda caminhando, encontre o Petit Trianon e seus jardins, bem como a aldeia da Rainha.

Maria Antonieta, recebeu o Petit Trianon como presente de Luís XVI em 1774. Ela amava o lugar e passava seus dias com os filhos neste patrimônio.
Aqui você pode visitar a cozinha, com seus fogões, fornos e dispensa,
Pode ver os utensílios de cozinha e os uniformes usados na época,
E ainda tem a chance de conhecer os quartos e (toilette) banheiros de Maria Antonieta.

Siga pela parte de trás do Petit Trianon e conheça os jardins.

Há um bosque, uma gruta, vários lagos e o Belvedere. Este mirante era usado no verão como sala de música e lounge da rainha.
Siga o caminho em curva até a corrente de um riacho que revela um aglomerado de pedras. Encoberta pela sombra, está a Gruta iluminada apenas por pequenas aberturas na rocha.
Situado no jardim, o Monumento do Amor fica no centro de uma ilha, e pode ser visto pelas janelas dos apartamentos de Maria Antonieta, no Petit Trianon.
O Pavilhão Francês foi encomendado em 1749 por Luís XV e após sua morte, a nova rainha usou-o para receber concertos e bailes.
Em 1783, Maria Antonieta decidiu estender os jardins do Petit Trianon para o norte e construir uma aldeia modelo inteira ao redor de um lago artificial.
O Hamlet ou Aldeia da Rainha, foi concluído em 1786, para ser uma aldeia rural, onde a rainha e seus convidados pudessem desfrutar de passeios relaxantes, ou para acolher pequenas reuniões.
Na época, a aldeia era de fato uma fazenda em funcionamento, completa com estábulos, chiqueiro, vacas, ovelhas e galinheiro.
O celeiro, o laticínio, a cabana do pescador e a casa de guarda, eram geridas por agricultores, cujos produtos forneciam as cozinhas do Palácio.
O moinho de vento, o boudoir e a Casa da Rainha, eram chalés cujos exteriores rústicos escondiam interiores cuidadosamente decorados e muitas vezes ricamente mobiliados, onde a rainha recebia pequenos grupos de convidados. (Sua visita interna só é possível com pré agendamento e tour guiado).

Quando já estiver exausto e pronto para ir pro hotel, escolha voltar todo o caminho até chegar ao palácio principal ou pegue a saída da ‘Porte Saint-Antoine, o portão de Santo Antônio dá para a rua Boulevard Saint-Antoine, siga caminhando até a estação de trem Versailles – Rive Droite, (esta estação é mais vazia e sem filas), ou se preferir, ande até a estação Gare de Versailles Château Rive Gauche.

Uma dica importante sobre o portão de Santo Antônio é que por ele é possível acessar o parque do castelo gratuitamente, mas o acesso ao domínio de Marie-Antoinette e seu parque não são gratuitos. Se você tiver comprado seu ingresso pela internet, basta andar com ele impresso ou comprar nas entradas do Grand e Petit Trianon.

Se você não quiser ir andando pelo jardim até chegar as outras atrações, pegue então um trenzinho que faz parada nos principais pontos da propriedade, (não é de graça, custa em torno de 7,50 euros por pessoa, mas é ideal para quem não pode andar muito), existe também a opção de alugar carrinhos de golfe, mas são mais caros e não se pode circular com eles por todos os lados.

O bondinho e uma parte do jardim principal.

Dica 6 – Como chegar em Versailles estando em Paris: Se você estiver hospedado próximo a qualquer uma das principais atrações da cidade, (como o; Louvre, Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Notre Dame, Sacré-Coeur, o Marais, Montmartre e etc,), significa que você está entre as zonas 1, 2 e 3.

Já Versailles fica na zona 4, que é bem afastada do centro de Paris. Para chegar até lá, você precisará pegar o RER C sentido Versailles-Château-RG (Gare de Versailles Château Rive Gauche). E comprar a passagem chamada Billet Ile-de-France, em qualquer estação da RATP, em uma máquina de auto atendimento ou diretamente de um agente do metrô. Este bilhete, dá direito á uma passagem de ida ou volta saindo de qualquer zona do centro de Paris até as mais afastadas. Incluindo baldeações entre RER, metrô e SNCF.

O trem RER C chegando na plataforma e a multidão caminhando sentido portões de Versailles.

Para pegar este trem, você pode acessar qualquer uma das estações onde o RER C passa, ou pegar um metrô (M) onde você está hospedado e fazer uma baldeação até a linha RER C mais próxima. Para saber com exatidão, entre no site do google maps, (clique aqui), na área azul do canto esquerdo da tela, clique onde está escrito Biblioteca Nacional da França,… e mude para o endereço do seu ponto de partida. Tecle enter e escolha entre as opções mais fáceis ou com menor tempo de percurso.

Site oficial dos trens, ônibus e metrôs de Paris: RATP
O preço da passagem vai depender do seu ponto de partida. Ex.: Da estação Invalides até a estação Versailles-Château-RG, o preço da passagem de ida em 2018 era de €4,45.


Dica 7: Leve com você um cartão de crédito com chip e um pouco de dinheiro. Algumas estações do RER, sentido Versailles-Château-RG, só aceitam cartão com chip em suas máquinas de compra dos bilhetes, já outras estações só aceitam dinheiro, e como só tem como saber chegando lá, eu sugiro que você vá prevenido. (Isso aconteceu comigo, sorte que eu havia levado os dois, mas eu vi muita gente na fila tendo que voltar, pois não havia como comprar as passagens, e não há um só agente na estação para auxiliar os turistas).

Assim que chegar na estação Versailles-Château-RG, basta descer do trem e seguir a multidão. (Sim, todos vão para o mesmo lugar).

Dica 8: Faça o download do mapa off-line de toda Paris e arredores. Baixe o aplicativo do google maps no seu celular, logue com seu e-mail, clique no símbolo do menu superior do lado esquerdo da tela, escolha a opção ‘Mapas off-line’, clique em ‘Mapa personalizado’, arraste a tela até o local do mapa que deseja salvar e clique em ‘Download’. Simples, agora você poderá usar o mapa no celular sem precisar de internet.

Por fim, encare as multidões e seja feliz com um passeio inesquecível!

Todas as dicas e fotos, (exceto a foto do salão dos espelhos do site oficial): Carla Antoni

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